quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sede lunar


Mudou o ano , mudou o calendário e dentro de mim uma certeza, de que "mais e mais" precisa mudar.
Descobri que quero esse “mais “ !
Descobri que tenho sede de vida!

Sede enorme de viver mais e mais momentos.Viver todos os meus sonhos , que por alguns anos deixei na gaveta do destinoesperando que ele me  "apresentasse ao mundo desejado ".Eis que percebo que as horas passam ...E elas não esperam por ninguém. Transformam horas em presente, e com um piscar de olhos,  transformam tudo em passado .

Há que se viver intensamente todos os segundos. Há que se tentar transformar sonhos em realidade, mesmo que eles pareçam inacessíveis, loucos e impossíveis. Há que se  "devorar “ a vida !

Tenho sede...muita sede !  E foi assim como uma alma desesperada e sedenta, me descobri com muito valor, me  dando conta de que preciso me jogar na vida, e jamais esperar por aqueles que não sabem o valor de quem está na sua frente. Não preciso mendigar afeto nas noite de lua e nem nos dias ensolarados.

É da lei sensata da vida que "os bons reconheçam os bons " .Aquele que não é bom, fugirá de mim, porque descobrirá que não me merece ...
São os  "engatinhadores da vida ".

Não percebem o óbvio nas pessoas .São os cegos e passivos de plantão. Eu vou em frente sem me preocupar com os "parasitas do reconhecimento".

Jamais esperar que enxerguem aquilo que tentei mostrar-los;Jamais esperar que me reconheçam como um ser especial, raro, sério , de valor e que sabe amar, cuidar, se entregar .
Deixo que a cegueira os acompanhem por mais tempo ,mas torço para que eles não cheguem atrasados em suas decisões e arrependimentos.

Arrependimentos pelo que deixaram de enxergar
Torço para que enxerguem a luz antes que a luz se direcionem para “outros olhos”.
Olhos menos cegos, olhos de “faróis indicadores” e “narizes farejadores de pessoas valorosas”.
Quem quiser e tiver sede de vida , me acompanhe. Siga meu rumo , meus passos e minha estrada.
Não temo o novo.Temo a mesmice que desnorteia a felicidade humana.Temo a rotina degradante de certos relacionamentos .

Não quero o morno da vida.  Quem quiser que viva esse morno.
 Morno se vomita !

Temo apenas os fracos, que por excessivos receios, se afastam do que  lhes dariam vida nova e abundante.Nada poderei fazer a não ser sentir muito por essas criaturas. Quanto a mim, vou tratar de "matar todas as minhas sedes," porque elas são muitas...

Um “lago” será pequeno para tanto...
Mas vou em busca de todos os "potes possíveis na vida ".  Que venham todas "  as águas de rios, mares  e cachoeiras ".
Um dia, tenho certeza, vou me deparar com um "rio perene ". 
E serei feliz em vez de sedenta...

By   karla Franc