sexta-feira, 5 de agosto de 2022




 Perguntaram ao desânimo : 

O que queres para  sorrir com a alma ?

O desânimo respondeu :

Eu quero a paz de outrora

Eu quero as músicas de antes

Quero o traquejo do passado

Onde homens e mulheres se achavam em suas insanas procuras

Havia espaço para a loucura  

A doce loucura mundana  dos anormais

Aqueles que conversam com a lua

Que acreditam que ela ouve seus clamores

Que suspiram diante do entardecer

Dos que se perdem em devaneios

Quero dar vida aos que esqueceram de viver

Quero dar colo aos cansados da busca

E até quem sabe , enlouquece-los com  meu excesso de tudo ...

Tudo de amor...

E que não me perca na minha credibilidade afetiva

Nem nas minhas paixões duradouras .

 

By Karla Franc


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Fragilidade Humana

Fragilidade Humana 

Estranho sentimento  se apodera , quando descobrimos que pessoas que antes pensavámos serem fortes , não o são !
Parece que dependemos delas para existirmos em total plenitude de segurança .
E descobrimos então que são sensiveis como nós
Amam como nós
São fragéis como nós ...
E sofrem como nós em nossas crises existenciais
Vontade de pegar essa gente toda no colo e nina-las como se fossem crianças e dar todo amor e carinho que não tiveram...
Doce sentimento maternal que envolve uma LUA HUMANA 
Quando vou criar jeito ?
By Karla Franc

terça-feira, 12 de julho de 2022

Gatos sem becos e Mariposas decadentes



Estavam lá ...

Sem palavras que expressem alguma coisa interessante. 

Portes atléticos meio perdidos em músculos decadentes mentais

 Achava eu, que eram deuses sem nível intelectual...e eram !

 Antes desprezados e agora desejados em um olhar qualquer daquela tarde de outono .

 Ora, ora ! Como as coisas mudaram  ! 
Ao término da tarefa física , formou-se a grande fila para entrega de um pedaço de ferro, representando a glória do feito ! 
E ela estava ali ...
Espreitou tudo como devia ...
Em cada ser, um olhar vago, desnutrido de algo que valesse á pena ! 
Era uma pobreza de dar pena !
Observou, observou e observou .
Pouco á pouco foram chegando as Mariposas !
Buscavam seus gatos ! Combinavam muito ! 

Havia um receio que paralisavam seus olhares ! 
Não ! Não eram deuses ! Nunca serão !
Nem no cheiro, nem na raça e muito menos no olhar .
Não passavam de gatos de rua , becos e morros !
Eram só gatos sem raça, sem rumo , sem classe e sem nada !
Não havia porque sequer desejar ser uma das Mariposas !
Pobre raça voadora  a combinar com gatos de rua !
Olhando-os de longe , ela percebeu que ali estavam os pares perfeitos ! 
Não faziam parte de seu beco !
Embora "atuais " , eram decadentes 

Era  "Lua demais " para gatos "vira latas'' ...
Deu as costas e foi-se embora , correndo por uma pedaço estreito de praia noturna em noite de lua nova !

By Karla Franc

Perda do hábito

 


O que perdeu ma cherie Lua ?

Perdi o hábito, todos os hábitos 

Não sei mais como chegar perto 

Como começar o encanto 

Encanto ? Que encanto ?

Eles se perderam todos .

Lembrar ? Do quê ?

Igual aquele meu amigo , não há sequer em quem pensar 

Que planeta mais triste ...

Antes encantava e se encantava 

Hoje sobram vazios no piso lunático

O frio dói nos pés e queima a alma gélida das circunstancias


quinta-feira, 16 de junho de 2022

Diante de mim e do tempo

 Veio o tempo sem liberdade 

Veio a grande espera dóida e de perdas

Veio o tempo do renascimento a conta gotas 

Vieram as sensações diarias de momentos vividos

Sem ententender o que se passava , ela voltava no tempo e em todos os tempos e o tempo todo

Só sentia vivendo sensações de momentos de outrora 

Mas quando se deu conta , percebeu que os momentos passados também eram feitos de desejos não realizados 

Aquelas sensações eram vestutas , e eram só sensações ...

Se deu conta então , de que grande parte da vida  tem sido mais  de sensações de desejos do que realizações 

Triste constataçao lunática

Lembrou  então dos velhos bailes e das roupas nunca usadas 

A orquestra que não tocou e a valsa que não dançou 

Chorar pelo que não houve já não faz sentido 

Seriam lágrimas atrasadas ...

Tentar novamente as idealizações utópicas ?

Não ! Isso já não podia se permitir ...

Seguir apenas um conselho de um sábio ;

Sonhar menos ! VIVER mais !

 by Karla Franc