sábado, 14 de setembro de 2013

Crânio, Lua ,Espinha e Nervos

 Foi aí que descobri a linguagem lunar...a lua tem seu dialeto

 próprio...

 ... Não há necessidade de palavras . O silencio se faz verbo 

e quanto ao verbo ,  não sabemos até onde ele pode chegar . 
O estetoscópio e a lua 





Então a lua disse para o crânio
Diz-me que foto tu mandas , que te direi  quem tu és
O crânio abriu seu lindo sorriso  e passou a responder
em dialeto lunar
Enviou luas e gatos 
lobos e rosas.
Era um diálogo inédito  entre as partes
Lua vem , lua vai
Lua dançando no mutismo frenético de uma música sem compasso 

Nunca havia conhecido idioma  em forma de satélite...

Pouco á pouco a lua percebeu o homem que havia no crânio
 A lua captou sua essência  e desvendou-lhe a alma
Viu no seu  lindo sorriso, uma doçura tímida
Em seus olhos uma tristeza saudosista

Viu sua saudade "paterna" sentida e exposta num avatar em dia "essencial"

Em sua discrição uma vontade enorme de gritar
Em sua alma um sentimento de inconformismo dos tempos atuais
Sentiu seu desejo  intenso e profundo de passado
Percebeu que em  sua quietude
 Havia uma vontade de falar...mesmo diante de sua personalidade aquariana
Falar do seu passado, falar de seus sentimentos, sua vida
Suas lutas, seus anseios, suas alegrias e seus mais íntimos segredos guardados em seus "espinhais e nervos periféricos da  vida ".


Um crânio de um coração hipersensível que "não acredita em Freud , mas acredita em sonhos"

Um homem que talvez não acredite nas pessoas, mas 


quem sabe,


concorde com Exupéry, quando diz que "a linguagem é uma


 fonte de mal entendidos"


Palavras para quê, se existem as luas...?


Entre gatos, rosas  e lobos  , eu lua , tu luas..nós luamos


  alcançamos o nirvana do entendimento...

Um crânio que sente  saudade ..."saudade de tudo "

Um  "homem-coração", disfarçado de silencio.
 Um doce silêncio  disfarçado de homem 
Que num toque do destino, caiu em mãos lunares...



By Karla Franc 

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