A fome de vida me cerca , vivo a espreitar a vida e sinto desejo incontrolável de consumir tudo.Um trem sem freio , um cavalo sem rédeas..Uma mulher destemidamente sensível e romântica...Um grande paradoxo na sela de um cavalo a guerrear com a própria vida.
Uma Joana D’arc do amor vestida para a batalha .Por dentro apenas uma mulher com coração cor-de-rosa enfeitado com laços de fita.
Qual das duas eu odeio ?
Sinto que me tornei uma lua sem rédeas, sem um sol para me comandar..
Se despir de sentimentos é preciso..é preciso despir-se de sentimentos...
E assim vou vivendo, alunissando em planetas desequilibrados, volúveis, vulgares e espertos. Sinto que não consigo atender aos meus anseios, e nem de outros “planetas” como outrora.
Me perco no vazio da busca insana, essa procura que nunca acaba e que está sempre a ludibriar meus passos, me estafando a alma e estressando meu corpo nesta peleja perene.
Até quando ocuparei esta posição incansável ? Até quando suportarei? Quando vou poder amarrar meu cavalo e ali ficar ? Onde e quando as luas amarram seus corações?
Ou será que luas não podem possuir batimentos cardíacos?
Enquanto isso o tempo passa e consome tudo, e tento salvar neste “tsunami desespero” a esperança, que parece querer se transformar numa vilã lunática...
Lunáticos também cansam de fases, mesmo trazendo cada uma , seu encanto. Cada fase , um mistério; cada mistério uma história..., uma vida em outra vida , e a cada vida um desencanto.
E assim, nesse vira-revira, fui me encontrando, fui me descobrindo e redescobrindo, para só então saber o que me é certo, o que me é direito.
Sendo lunar, não foi surpresa descobri que meu lado direito é justamente o avesso
Sendo lunar, não foi surpresa descobri que meu lado direito é justamente o avesso
O avesso do avesso...do avesso ..do avesso...
E nesse avesso vou me encontrar !
E nesse avesso vou me encontrar !